sexta-feira, agosto 30, 2019


A minha pátria é a pálpebra rasgada que cobre de sangue os sonhos bastardos da memória .
É o exilio da esperança na densa fumaça negra da ignorância
O látego que rasga as costas enquanto  sisífo faminto subo montanhas para descer  ao hades e devorar os rebentos do meu trabalho
que se transforma em poeira na ampulheta dos meus dias
que se estendem em noites mortas eternas .
O corpo oco carniça de abutres à procura de vísceras após acabarem com a ultima pedra dourada da pátria .
Do chorume da nação que poderia ter sido levanta-se a persona na alma torpe que ora desgoverna, desconstrói  e venal verbo fabrica cadáveres e  desossa o corpo social
Só um falso Messias  pastor do desengano e líder marionete dos vendilhões do templo sagrado profanado da Pátria .
Pátria violentada  do Brasil , urinada no gozo torpe de indignos brasileiros ganindo para ter a atenção de seus donos  do Norte .

Wilson Roberto Nogueira


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