sexta-feira, setembro 22, 2006

A noz da Quinta Brasileira
Esparsos espasmos esparraman-se de amores
entre amoras e licores
Espigas pingando gotas doiradas sob cabelos de fogueiras
enquanto doidas aves vestidas de verde voam fagueiras
velando víuvas-negras
mui alegres víuvas faceiras
tecendo tramas o drama da cigarra
agarrada no cigarro
slims
roçando as patas nos fios pensando se soltar da solidão
a cantar como quem bebada bebe a música cálida da manhã
da janela espia o sotão na escuridão
esparramados ramos dançam samba na poeira
sem letra sem rumo na manhosa manhã
morna manhã de um quintal qualquer
na Quinta de um barão dos bares
brasão de um zeloso bronze.
Wilson Roberto Nogueira

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