terça-feira, outubro 21, 2008

A agulha risca o disco,
corre a corrida enfarpelada,
faixa por feiche enquanto a
música do tempo não para.
Em cada ferida endoidecida
na epiderme da palavra
uma nova canção jogada fora
da estrada descaminhada
alados fiapos perdidos
libertos para onde ?
fogem do faminto horizonte
horrível multifronte
a agulha amputa a melodia
sub verte o sentimento na desatinação
do desalinho
Ela olha o olho do espelho espera na luz
a menina brilhar enquanto a radiola insiste
em desafiar a agulha que risca na carreira o mel do dia
Ela olha no olho do espelho que a lê menina nos sonhos
da garoa ,o vidro chora ou é a garoa la fora.
a agulha não tem nada ver com isso risca uma nova canção
Ela não ouve mais o coração dormiu
miou o gato e partiu .
Wilson Roberto Nogueira
ê

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