Antipatias pessoais tornam-se odores pútridos a consumir o
cérebro de inocentes educandos .
Como quer o professor, com suas roupas puídas e seu ar
esquisito a exalar sentimento ocre e pesado de uma autoridade a
qual já não mais lhe arma a investidura
.A índole autoritária de um saber encouraçado, agora não mais lhe cobre as
vergonhas.Por traz do óculos não mais mira o firmamento , está cego no abismo
de si mesmo e mesmo assim , trôpego
,exige que o sigam pelo caminho dos desfiladeiros do conhecimento cultivado no
cárcere da sala de aula .
Um tirano assassino do lazer o professor cobre de pranto o
sorriso do corcel desimbestado da juventude .
O Trabalho de quebrar as pedras da ignorância liberta, mais
o escravo do gozo quer se manter preso a escuridão das luzes das festas que o
cegaram.Aquela escola que o Quasimodo de jaleco quer transformar num Campo de
extermínio da preguiça mental, conquanto na verdade , para além daquela barata
burocrática kafkiana, é um clube, onde vivem felizes os cegos de consciência na
mais inimputável anomia.
O ácido da permissividade vai espraiando a corrosiva
leniência , mas a fachada,a máscara burocrática se mantém de pé.
A sala de aula uma pipeta com reagentes químicos instáveis
na mão de um chimpanzé ;segue qual a saga de um roto jaleco a busca de um
professor que saiba construir horizontes onde só encontra cristais quebrados ,
vidros cobertos de limo e quando encontra uma luz, ela só se mostrará um sol
bem longe daquelas paredes , daquela porta sem trinco da cinzenta sala do
pantagruélico saber desertor .Do cobarde professor que encolheu sob o
pesado jaleco que o sufoca.
A faminta necessidade de devorar o sol os corações só
trouxeram tempestades em ímpetos de perpétuos presentes no signo da juventude
.Almas livres voam até se estatelarem , enquanto voam voam até o sol, se
sobreviverem aprenderam.Campos de trabalho mental forçado , salas de tortura ,
professores carrascos livrai-nos !Eles são o para -raio , a âncora ,o farol mas
são apenas o papel das provas com símbolos indecifráveis ,o papel deixado no
chão da sala ao gazearem a última aula.
O sabor do saber como hasabi
tempera a alma ,afasta as certezas que tranquilizam e nos fazem dormir
depois das baladas.O aprendizado é árduo e a consciência um travesseiro de
seixos .
Aquela caneta estourada não tinha mais como escrever mais um
parágrafo que não fosse Adeus.
Wilson Roberto Nogueira
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