O dia mal desperta e o rádio relógio explode acordando o
mundo , é hora de abandonar o reino dos sonhos e ingressar na realidade.
Um banho gelado ,
desperta defunto anima o vestibulando que paramenta-se para o combate- Aos
exames ! – brada o guerreiro que armado de seus conhecimentos requeridos pelas
provas sai destemido, à mão leva apenas caneta, lápis , borracha e os documentos
– carteira de identidade e a inscrição.
Abanca-se num bloco de pedra colocado perto do ponto de ônibus,
o coletivo demora minutos que parecem eternidades. Enfim estaciona o
monstrengo, estava vazio. Meia hora de percurso até o supermercado Real da rua
Y, vazio que estava a jardineira colhera muitas flores e muito mato pelo
caminho, depois vomitou o vestibulando.
Contornando o Círculo Militar pôde observara imponência do
Estabelecimento no qual seus conhecimentos serão avaliados o suntuoso e tradicional Colégio Estadual do
Paraná.
O pátio do Liceu estava tomado por uma chusma. À porta
alunas de cursinhos distribuíam sorrisos, jornais estudantis e copos plásticos
de água mineral. “Boas Provas !”
Acusava sete horas quando permitiram entrar. “Que palacete !”.O
número da sala era o 670 da seção 1. (um ).Entramos, subimos dois lances de
escadas, seguimos por um corredor onde ,
pendurado, um olho de gigante nos observava, era um relógio imenso. No final do
corredor à direita uma sala estreita onde 32 cadeiras estavam dispostas
esperando.
Wilson Roberto Nogueira . 1996
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