quinta-feira, janeiro 22, 2009

Num País Distante

O burocrata enfia a cabeça no jornal enquanto o subcidadão encolhe-se no soalho, no chão ,prensado na fila largado terminal lá está ele entre a troca dos ladrões seus patrões; o poder joga com suas bolas.
Apaga-se mais uma vida, paga-se mais uma propina ;livra-se a mão vulpina de quem doa e desvela aquela puta que se entrega ,pois a pátria está escancarada vendida a baixo preço no bordel do parlamento . O povo morre na fila sem lamento acostumado gado a ser carne pro abate na mesa do banqueiro que elege o politiqueiro; a lictação apadrinhada sepulta nas pedras o peão ,enquanto o empreiteiro nesse lamaçal sem firmamento o país vai se afundando em contentamento afinal é Carnaval !
Depois das luzes que cegam no frenesí de odores e cores apaga-se mais uma vida nas avenidas da agrestia sob as mesas fartas das negociatas , das trocas de favores sem pudores nem alma bebem o sangue do trabalhador. Economizam nos direitos para engordarem sob o sol dos Paraísos Fiscais. Entre uma eleição e outra são eles os eleitores. O vulgo povo em seus estertores muge feliz com as sobras do banquete.
Seria a Rússia ?

Wilson Roberto Nogueira. 1994

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