sexta-feira, janeiro 30, 2009

só o que sobrou do sonhoé essa sombra no teu
pesadêlo trêmulo no teu caminhar
é o vacilar dançarino do demônio risonho
a busca por algo invisível que a razão não alcança
são os passos incertos dessa dança.
letras incertas
qual chuva de prateados gafanhotos
afastam chateados garotos
abreviados de sonhos de proletária vida
a morte renasce em cada sonho que assassina
essa é sua sina.
a sombra no teu olhar
é a alma que desaprendeu a dançar.
tua seda sua sem amar
o mar te convida mas
mas não há mais nada
nada
sobrou do sonho na razão do teu amar.

Wilson Roberto Nogueira

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