Com a camera à mão
pulsava na lente um coração
em prêto e branco.
As cores desbrilhavam
voando pálidas sonhavam
pálidas almas desluziam
libertas à voar.
Em prêto e branco
olhares à procurar
com a voz das imagens
nas sombras da retina
a mão pétreo cajado do tempo
segura as cordas a prender as garras
da liberdade.
O fio voava com as leves correntes da falsa conciência.
Mas a imagem do pássaro da liberdade voando livre vive
A pomba na sombra é uma águia.
Wilson Roberto Nogueira
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