sexta-feira, novembro 14, 2008

Hospedagem

Ele não era poeta mas a sua alma era a morada, a caverna onde espíritos vadios se hospedavam de quando em vêz. Soprava um vento cortante a navalhar a linguagem A traduzir signos de tempestades ou era apenas a fúria da loucura represada na carcaça da caveira de ossos trêmulos pelo frio curitibano. Onde até as pedras cantam estórias de calçadões assassínos e famintas bocas-de-lobo engolidoras de pacatos pedestres. Ainda que distraídos ,venceremos .
As touradas nos bailes da morte com as mortalhas de aço dos autos embriagados de álcool e gozoza morgue onde cantam os poetas tortos "sem musas nem deuses" mas também sem adeuses só olás de lama meta física.
Wilson Roberto Nogueira

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