quarta-feira, dezembro 24, 2008

Homenagem ao Madeira e ao Túllio

Aos Loucos Lúcidos
A obrigação maldita da poesia cortesã, é oferecer buqueres de flores de plástico com perfume parisiense à burguesia sevada de sopa dourada, para receber a última gota da champanhe com gosto de rôlha,mas com rótulo de grife e zeros a acompanhar o valor venal da bajulação. Não confundir com a poesia, gestada na verdade íntima da alma a qual explode ,espalhando as lavas sobre os verdes vinhedos do vale.A mesma força que cobre de cinzas as uvas finas é a mesma que fertiliza seu útero. Espíritos livres;sombras diáfanas de pedras a superar eras. Apreciaremos o néctar de suas vindimas na alma destas cepas raras,que superam as ondas de poeira dos modismos, pois não são sopradas pelo mercado das vaidades e da liminar estreiteza dos luminares dourados dos salões.
Wilson Roberto Nogueira

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