terça-feira, dezembro 02, 2008

Vida placebo

Tu compras a roupas dos gostos dos outros.
A tua persona é manufatura coletiva.
Bebo a bebida ou a bebida me bebe o fígado?
Fumo ou a fumaça fuma-me os pulmões?
Embriagado na ilusão da imagem distorcida,
perdida na fumaça do prazer fugaz - Quem tu és diante do espelho?
máscara de cêra da sociedade seletiva. Civilização do disfarce
Pasteurizada estória insípida água sensata do senso comum
de mentiras repetidas paridas de bom-senso burguês.
Feliz fumaça da urbe insolente indolentemente deitada em suas certezas
doente de dogmas amassados pão-velho.
Pro pobre não tem não Só o sermão neoliberal Burguês
bebido pela bebida dos dias cinzas
Feliz pastando na mediocridade
civilização em coma
fumando a fumaça dos escapamentos e expulsando fumantes
assassinos
Feliz espelho das ilusões onde repousam todas as máscaras.

Wilson Roberto Nogueira

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