sábado, março 14, 2009

Como um fantasma, vaga na epiderme da poesia ,que é a própria alma a escorrer sem fronteiras nesta tapeçaria de nervos desta urbe bêbada ,como uma fumaça, invade a treva sem ser vista ,sem ser vetada pelas ventas dos ventos ,segue franando insone, zanzando ,sondando os sons silênciosos de outras almas que se soltam e saltam das esquinas, com seus punhais de prata no peito de outras almas a sangrar verdades obliquas nas venas da enrugada, lacerada pele ,palimpesto da cidade espalhada em arquipelago de carcassas, aí a seus pés... em frente aos açougues, outros corpos exangues nos bairros de barro e trapos no burgo oculto nas vísceras da metrópole, parindo sangue e excrementos na banal violência cristalizada da paisagem .

Wilson Roberto Nogueira

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