As gangues gangrenam as engrenagens
Ossos descalcificados do Sistema
As gangues em sombras assombram os parques
alcatéias sedentas de barbárie
a rondar a rosnar a reinar
renascem do pó e da pedra em chamas
morrem cegos na luz sufocante tremendo
temendo a sí sobrepassada faca nas entranhas do esgoto.
Labirintos de vidros opacos e fumaça a se dissolver na alma
sequestrando o caminhar.
Essa não é a minha gangue das bandeiras de lealdade e justiça
desfraldadas na pele rasgada à faca.
É só uma poça pagando uma dívida
um naco de carne à deriva
só a irmandade presa vivendo na intensa experiência da morte
a riqueza da vida escolhida
vida bandida.
Do seu jardim arranco tua flor de sangue.
Wilson Roberto Nogueira
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