chuva seca antes de cair
molha de tortura a esperança;
quadro trincado no chão
jarra de poeira e teia sobre a mesa.
criança arranha o chão procurando o que comer
os intestinos a devoram com carinho
devagar o cão caminha e lambe sua última gota de suor seco.
A procissão semeia preces no silêncio estéril.
Enquanto na cama o desespero engendra nova criança.
Wilson Roberto Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário