domingo, julho 25, 2010

A garotinha sentada na areia argilosa da praia ria de um marisco que se apressava a enterrar-se, fugindo para dentro de um minúsculo círculo. A maré crescia e a inundava de uma água quente depois de bater-lhe como se quisesse acordá-la; a pequena se põe de pé a espera da areia da praia que ganha vida e, conivente com a maré a conduz para dentro do Mar, para o fundo, o fundo. Mesmo parada ela quase caíra naquela correria da maré. Ela rira. Até cair num buraco oculto sob as águas escuras. Seus pais, comiam frango frio com farofa e cerveja quente; suas banhas a lagarteavam a gargalhar ao sol.Sol que se recusava a se mostrar caloroso.Aquela praia cinzenta acabou chovendo na lembrança entardecida.

Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: