segunda-feira, julho 26, 2010

A criança corre.Boca,mãos e pés sujos de terra.olhos prêtos de animal perdido.Corre por sobre poças onde bebe uma cadela despelada .O sol queima mas a pele esturricada não sente o calor que açoita com amor.Cai de joelhos o dia,orando pelos olvidados neste deserto à margem do lixo.
O homem feito bicho à disputar com urubus restos de um gambá ,ou algo parecido agasalhado com o verde fosforecente de frenéticas varejeiras e uma tonta môsca azul que jamais picara alguem de sorte.

Faltara o olho Salgado,olho mágico na porta daquela mansão ao ar livre de verbo e verve.



Wilson Roberto Nogueira

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