quinta-feira, julho 22, 2010

É a cidade decantada pela alma do poeta,

assentando grãos de vidas em breves chuvas

de areias no vasto rosto do mar da existência ,

onde peixes da memória

flutuam suspenços no céu límpido do experienciado.


Saciando de quando em vez a fantasia pescadora

do olhar.

O pescador morreu mas os peixes,

os peixes continuam lá para alguma gaivota,

distraída ou faminta voar até lá.

O mar desejou e esperou

e esperou

esperou

es...

a Gaivota não passou

não passou.

O Mar acabou por se afogar de tanto beber

e os peixes evolaram no sonho das algas solitárias.


Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: