segunda-feira, julho 26, 2010

O ar respirado doía dor antiga,
a medida em que a noite mordia
a casa em dores gemia.Rangendo
resmungava no calor de suas entranhas
suava fantasmas; à procurar portas para bater
onde o vento não vem visitar
só a voz ao longe na laje gélida do Além
Portas que se afastam corredores que correm
Espelhos a mirar nos olhos outras almas a bailar
Sonhos soluçam pesadelos entre os labirintos do jardim
Ao longe crocitam corvos sob pálidas bétulas
A todos os hospedes zela o prateado dorido olhar da lua
no olho do faminto lobo sob o lençol da tua cama .

Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: