quinta-feira, julho 29, 2010

A jovem mãe teve a vida apostrofada ao dar a luz a quem só queria ficar na escuridão;aquela larvinha preferia o conforto das quentes trevas às frias
e barulhentas claridades.Lalá instintivamente fervilhava em vomitar em alguma
privada pública aquele trocinho ,que afugentaria seu ganha pão.Aquela larva voraz a agasalhou de sangue e a cobriu de um frio gostoso que expulsou suas terríveis dores.
Finalmente apaziguada, dormia na sordidez tranquila ,ao lado de sua cria não nascida.


Na companhia dos corvos só as cinzas choraram
lágrimas secas.
O vento sopra pro vazio sombras de não existências.



Wilson Roberto Nogueira

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