quinta-feira, julho 08, 2010

A Cada passo a preço apressado da ampulheta


só o passado tão presente

quão engolidora é sua sombra

fria decomposição do futuro

a germinar novas formas em velhas e

encarquilhadas fôrmas de quilhas

de gaLeões naúfrAgos-

Palácios de tubarões .

O desvão da memória passou nova rasteira na mensagem dos rostos,louças frias,porcelanas finas de um brilho que reflete um sol tentando se ocultar,ocultos ficam as frases em frangalhos dos garranchos do tempo-um pó que o vento beija para longe.

Range mau-humoradas as pálpebras cansadas do casarão.Só restara a casca embrulhando a os olhos riscados por riachos de sangue e lágrimas órfãns .

Um fantasma frerta a garrafa vazia de fanta uva ,tonto se embriaga de lembranças gazozas.O único gozo que restara.

Desce as escadas escarrando no corrimão a almadiçoar ser tão ínfimo o passo e tão imensa a labareda do passado a persegui-lo,labareda que consumira sua sombra a voraz companheira que dele desertara.

Um fantasma entre os fantasmas;se pelo menos ele os visse,não apenas à brisa nauseante da

presença do vazio.

Oco ele corre com o vento da tempestade na madrugada do esquecimento-Cimento em sua laje.

Mas na calmaria do deserto bebe sedento a amargura e o ódio por se lembrar tanto do tanto que se negara em viver enquanto vivo Ente estava,apenas existia sem pagar pela vida seu real valor.Existindo ,em parcelas sendo comido,dando vida e alegria a morte ,era ínfima alma irmã do legume e da crocante barata crepitante de calor.

Nas pálpebras do casarão a menina dança a música do coração enquanto o pranto do fantasma é acompanhado dpelo uivo do cão e o gato preto achando tudo divertido que poupa o rato improvisado de joão -bobo,bola de pelos e tripas num saco de pele .

Tudo não é nada além de um sonho azêdo e um refri de cola quente.

Um elefante pensando ser formiga e a formiga não cabendo dentro de sí;uma gazela ocultando uma leoa,e,uma pantera uma ovelha á toa;corujas que são águias;gatas e cadelas,potrancas e corvos crocitando palavrões,além de pavões e sombras indecifráveis de voluptuosas volúveis formas-nuvens de mistério ou fios de chamas perfumadas

Wilson Roberto Nogueira

Oficina literária do Boa Vista-G.K.040807

http://www.escutaciber07.blogspot.com/

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