Com um simples "Tchau " da guria, pensou ter ganho o dia.
Chuva veio, granfina e delicada mas logo caiu em torós pelas escadas do céu.
As idéias dele não se molharam, estavam secas como sempre.
Só aquele tchauzinho como um beijo .
Entregar os fichamentos;esquecera.Esquecia de sí sempre que podia.
Mas o tchauzinho tinha rosto, olhos , lábios e língua...
Deu com a testa no poste e saiu agradecendo.
Um transeunte disse "é doidio sô".Não ouviu.Sorriu
No buraco na sola do sapato; a meia como coador de café,daqueles
da vovó esquentava carinhos úmidos .Uma lágrima nos olhos-
Aquela alma suava à toa.
A alça da bolsa arrebentou e tudo devassou,foram pro ralo os papéis.
Os Lábios dela dão a palavra, verbo divino!
Tropeçou no dente solto da calçada e caiu na rua e um carro comeu uma vida.
Vida ?
Tchau.
Wilson Roberto Nogueira
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