quarta-feira, outubro 20, 2010

Tocaram a campanhia


em companhia da solidão

naquela mansão lá fui atender

sem me ver ela foi entrando

nas entranhas a escuridão arrancou

um naco suculento de pranto

uma lâmina rasgava de vida o último lamento.

a criança enfim estava Morta.

Fome

não mais

Chagas

não mais

Dor

não mais

lembranças

não legara

Uma sombra feita carne

espectro trôpego da memória burguesa

Amanhã matarei o assassino dos meus sonhos

enquanto isso me farto de chouriço e flatos.

Wilson Roberto Nogueira

2 comentários:

Anônimo disse...

a criança (invisivel) morre de fome mas a memória burguesa não?

Anônimo disse...

a burguesia se alimenta dessa fome.