A borboleta beijava o banco da praça
as folhas ao redor bailavam
enquanto pardais faziam graça.
Uma empada apodrecida saudosa
saudosa chorava
pela boca que a abandonou.
Preso em seus andrajos
mendigo pregado pela desdita
sonhava liberdade infinda
voando como um rei
um urubu rei.
As borboletas se acercavam
perfumando seus sonhos
num lindo túmulo ao ar livre
As borboletas beijava o banco das praça
colorindo os sonhos do pesadelo
cavando no seu ouvido
com a pazinha de seus piados
os passarinhos enchiam de música
a escuridão.
Até a defesa pública chegar
ou em cinzas se transformar.
Wilson Roberto Nogueira
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