sexta-feira, agosto 20, 2010

Tu compras a roupas dos gostos dos outros.


A tua persona é manufatura coletiva. Bebo

a bebida ou a bebida me bebe o fígado?

Fumo ou a fumaça fuma-me os pulmões?

Embriagado na ilusão da imagem distorcida,

perdida na fumaça do prazer fugaz

- Quem tu és diante do espelho?

máscara de cêra da sociedade seletiva.

Civilização do disfarce

Pasteurizada estória insípida

água sensata do senso comum de mentiras repetidas

 paridas de bom-senso burguês.


Feliz fumaça da urbe insolente

indolentemente deitada em suas certezas


doente de dogmas amassados

pão-velho. Pro pobre não tem não

Só o sermão neoliberal Burguês

bebido pela bebida dos dias cinzas

Feliz pastando na mediocridade

civilização em coma

fumando a fumaça dos escapamentos

e expulsando fumantes assassinos

Feliz espelho das ilusões onde repousam

todas as máscaras.

Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: