Tu compras a roupas dos gostos dos outros.
A tua persona é manufatura coletiva. Bebo
a bebida ou a bebida me bebe o fígado?
Fumo ou a fumaça fuma-me os pulmões?
Embriagado na ilusão da imagem distorcida,
perdida na fumaça do prazer fugaz
- Quem tu és diante do espelho?
máscara de cêra da sociedade seletiva.
Civilização do disfarce
Pasteurizada estória insípida
água sensata do senso comum de mentiras repetidas
paridas de bom-senso burguês.
Feliz fumaça da urbe insolente
indolentemente deitada em suas certezas
doente de dogmas amassados
pão-velho. Pro pobre não tem não
Só o sermão neoliberal Burguês
bebido pela bebida dos dias cinzas
Feliz pastando na mediocridade
civilização em coma
fumando a fumaça dos escapamentos
e expulsando fumantes assassinos
Feliz espelho das ilusões onde repousam
todas as máscaras.
Wilson Roberto Nogueira
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