quarta-feira, agosto 04, 2010

Roupas penduradas no varal dançam nas madrugadas

Arbustos em seus galhos tocam a retina das janelas

Sonhos cegos ganham luzes nas madrugadas

Melodias de chamas nas trevas tremem de frio

nos olhos de água doce da menina Sol que do céu lê

a letra das estrelas no bolso de seus segredos rubros

Olhos atentos nadando nos lençóis.

Mares de amores chovem pétalas de chamas doces de dores

assinando confissões ágrafas de vozes-veias à cortar a pele mais fina

no beijo mais profundo.



Wilson Roberto Nogueira

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