O pombo desaprendeu o valor de voar
aprendeu na prisão do homem a caminhar
ruminando correntes
caminhando com as garras enraizadas entre as pedras.
Perderam as asas os pássaros,
pássaros solitários
arremedos do homem sem sonhos,
sem sombras sem sal sem sol,
só caminhantes do perpétuo presente,
tateando cegos alguma semente
de vida e de sonho, de utopia
para mastigar e defecar
nas camisas negras das sombras
humanas
Wilson Roberto Nogueira
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