quarta-feira, agosto 25, 2010

Poeira

Numa praça de madrugada,garoa e temperatura abaixo de zero]


-Tio, tem um teto pra eu pousar, só hoje, por favor...!

-...desculpe ,estou atrasado, saia da frente.

[Pressa(?)]

Chega o 'atarefado' burguês no cubículo onde morava.O Sol pela estreita janela não entrava, só os muros da oficina puderam testemunhar o seu último sopro, a soprar poeira e ali ficou ,ficou.Ninguém reclamou seu cadáver só do seu mal-cheiro.

Nem ele sabia que havia morrido meses antes, aos poucos a cada dia de pressa e sordidez.



Wilson Roberto Nogueira

Nenhum comentário: