sexta-feira, agosto 20, 2010

Como um fantasma vaga na epiderme da poesia ,a qual é a própria alma sem fronteiras.


Vaga na tapeçaria de nervos da urbe como um halo úmido a treva a diluir cores no vazio

invisível investida no metal embaçando os olhos das moradas , sondando no silêncio o grito



a espalhar nas ausências credos mudos em outras almas que saltam dos ossos


Como um fantasma vaga na epiderme da poesia oculto no esgoto

logo ali alimentando o lixo que escorre quente no canto apodrecido das bocas de lobo

das bocas de fumo

das bocas desdentadas em carne ainda viva.



Wilson Roberto Nogueira

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